Por cada dia que passa,
Um infindável número de vidas perde-se.A vontade nunca é escassa,
Mas nunca chega a elevar-se.
O tempo deixou de fazer sentido.
Passado, presente e futuro.Por mais que se queira, o controlo é impedido,
E esquece-se o encontro.
A infância desapareceu.
O rosto inocente foi substituídoPor um mais marcado, mas que também é meu.
Mesmo que não queira, é assim que tenho sentido.
É pena que não fique tudo por aí.
Mais marcas surgemAqui e ali
E sente-se a pele a cair ao mais ínfimo toque de bem.
A vida não passa de uma pintura,
Ou talvez de um poema mal contadoEm que a esperança perdura
Num filme mal interpretado.
A paisagem não muda.
Pode-se tentar e eventualmente conseguir.O mundo ainda não está preparado para esta ternura,
Mas ainda se continua a agir.
A evolução custa,
Mas é necessária.Tem é que ser astuta,
E nunca precária.
O que muitas vezes é esquecido,
É que há palavras por detrás de todas as guerras,E isso faz dos seus autores assassinos,
E foi assim que surgiram as mudanças nada beras.
Haja respeito por quem escreve!
Há neles uma esperança sem par,E a destruição que deles bebe
Faz inveja a qualquer arma nuclear.
Através de palavras se faz paz e guerra.
Através delas se ceifam vidasE de muitas outras se espera.
Há dias.
Tudo tem que ser pensado.
Não há margem para erros.Corre mal e é-se condenado,
E não serão os primeiros.
Ainda há esperança?
Há. Pouca, mas há.Depois da tempestade vem a bonança,
Mas há muito que à sua espera se está.
Com este desejo se continua a escalar
Até ao cume da Vida.Não se pode parar.
É como se tudo dependesse desta fragmentada equipa.
A incerteza está sempre lá,
Mas a sua presença faz parte da melancolia.Preparado para tudo se está,
E sempre ao som da grande lira.
Sempre do lado da minha pátria.
País e fala.A muito assistiu esta épica ária,
E ainda bem que ela nunca se cala.
O cume ainda está longe,
Tal como o repouso.Não há tempo para curar as dores que não são de hoje,
E a agravá-las ouso.
A chave está em acabar com a monotonia.
É possível o fim ver.Depois de se acabar com a melancolia
Vai valer a pena viver.
Ass: Daniel Teixeira de Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário