Na actualidade, até o
maior optimista se vê desmotivado a partir do momento que liga a televisão ou
abre o jornal. No meio de tanta má notícia há quem procure neste monte de lixo
algo de bom, nem que seja a história de um jovem que ajudou uma mulher idosa a
atravessar a estrada. Felizmente que no meio de um mau governo há quem se
levante para fazer troça da situação, isto porque através dessa chacota, as
pessoas encaram o problema de outra forma, podendo mesmo arranjar os métodos certos
para colocarem o governo em bom rumo porque são essas pessoas que controlam o controlam
e não aqueles dão as palestras e pedem votos.
É verdade que a realidade em que vivemos está cada vez
mais longe da perfeição com que todos sonham, e apesar de a perfeição ser algo
impossível, nada a impede de ser algo mais estável e agradável de se viver. O
segredo para tudo: força de vontade, empenho, dedicação e acreditar.
Por todas as restrições que são impostas e todas as
limitações que tornam a liberdade algo cada vez mais claustrofóbico, se algo que
ainda é nosso e de mais ninguém é a capacidade de sonhar, e por isso, eu também
tenho um sonho. Sonho com um mundo livre em que todos podem apresentar o seu
espírito crítico sem temerem consequências prejudiciais para a própria pessoa e
a sua família; sonho com um mundo limpo, desprovido de quaisquer indícios de
descriminação e corrupção; sonho com um mundo que tem a cooperação como pilar
principal e que não tem espaço para o egocentrismo, a arrogância e a
ignorância; sonho com um mundo em que é seguro caminhar na rua sem correr o
risco de se ser assaltado, violado ou assassinado, um mundo em que não há
desconfiança sequer no seio da própria família; sonho com um mundo que é de
todos e não existe homem, conjunto, ou entidade que o pretende controlar e
impor ao preço da força e da manipulação as suas vontades.
Pessoas como o presidente Kennedy, Mahatma Gandhi e
Marthin Luther King defendiam os mesmos ideais, e acabaram por ser assassinados
por terem tudo o que é preciso para tornarem os seus sonhos realidade:
acreditavam no que defendiam e tinham milhões a segui-los.
É só uma questão de tempo até que essa mudança aconteça.
Podem matar o corpo, mas os ideais são à prova de bala.
Ass: Daniel Teixeira de Carvalho