terça-feira, 12 de novembro de 2013

Frágeis Momentos


Nunca quis que assim fosse,
Mas por mim o destino quis.
Quis ele uma valente dose
De sofrimento pelas promessas que fiz.

Num certo momento,
Eu repouso feliz.
Noutro, já inesperado e incerto,
Vejo-me a morrer por dentro.

Num momento contigo,
Noutro sem ti,
Quem é o culpado
Por te terem tirado de mim?

Não sei responder,
Nem sequer viver.
Apenas sei
Da dor das “lágrimas” que derramei.

Lágrimas de tinta,
Pois as naturais já as perdi.
Quis assim a vida,
Que, de certa forma, escolhi.

Contudo, apesar do que escolhi,
Preferia ter-te a ti
Não longe,
Mas ao pé de mim.

Saudades dos teus cabelos,
Dos teus abraços,
De te ter ao meu lado
E do toque dos teus lábios.

Não sei se será prudente recordar
Estes outrora feloridos caminhos.
Simplesmente não consigo parar de acordar
E chorar os meus sonhos.

 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Tempo Reconfortante


O gelo que sinto na minha pálida pele,
E que lhe dá um aspecto mortiço,
Leva-me a lembrar felizes momentos
Que agora vejo, sinto e oiço.

Sempre me foi querido este tempo.
Sempre foi algo de especial,
Como um velho amigo,
Amigo esse que espero sem nunca me sentir mal.

É um ano inteiro à espera da chuva,
E também do vento e de todo o gelo.
Não interessa os defeitos que lhe apontam
Fico sempre feliz por finalmente vê-lo.

Não sei o porquê,
Apenas sei que assim é.
Se não fosse este tempo “tenebroso”,
Não sei onde depositaria a minha fé.

Palavras não passam de palavras,
E um infinito delas não descreve,
Nem de perto
Aquilo que eu sinto ao certo.

Poderia aqui continuar,
Mas estaria a deperdiçar tempo,
Tempo precioso para aproveitar
Cada momento deste tempo.

Sento-me nas telhas à chuva,
Com a cara mal tapada.
Foi preciso que o conforto do gelo chegasse
Para aparecer um sorriso na minha face.

 

 

 

 

 

Ass: Daniel Teixeira de Carvalho