sábado, 13 de agosto de 2011

Viver ao sabor do vento


O que fazer num dia vazio?
Tentar preenchê-lo,
Ou deixá-lo viver o seu estilo?

Viver no vazio nunca foi saudável,
E não é a mudança de tempos que a verdade altera.
Contudo, uma vida em trabalho não é afável.
Neste cenário, apenas o meio-termo prospera.

Nem sempre é bom uma vida planeada.
Por vezes deve-se ver o outro lado da moeda,
Não só para apreciar uma outra vereda,
Mas também para que nenhum sentido se perca.

Viver várias vida numa
É o maior dos segredos.
Mesmo que não pareça,
Está sempre ao alcance de todos.

Que se faça uma pausa no quotidiano,
E viva-se consoante o tempo.
Suba-se ao telhado,
E por ele se corra como qualquer felino,
E se aprecie o sabor do vento.

Que se salte de casa em casa,
Não só por puro divertimento,
Mas também para desafiar a própria existência.
Mas não saltar por saltar.
Aprecie-se o salto em si.
Pare-se o momento para contemplar a pequenez
Que de pequena não tem nada.

Durante o salto,
Olhe-se em volta.
O Sol ou a Lua ao alto,
Porque o salto não se faz só de dia ou de noite.
É feito durante todo o dia,
E durante toda a vida.

Cometa-se o erro de dar um salto mal dado
Para sentir a adrenalina de ter a vida presa ao peitoril,
E ao subir para um novo telhado,
Pensar na sorte gentil,
Ou no talento que no primeiro dia nos fora apresentado.

Em plano cansaço,
Desça-se, ou ainda melhor,
Salte-se.
Mas não um salto como os outros,
Mas sim o derradeiro.
Um salto possivelmente letal.
Mas essa realidade não é real,
Porque quando se vive com o meio,
Pode-se correr riscos sem receio.

Lutar no fim se for necessário,
Sem esquecer o porquê de lutar.
Não por isto nem por aquilo,
Mas sim pelo nosso acreditar.

Uno é cada um,
E isso ninguém pode contestar.
E caso haja quem o faça,
Para a verdade se deve encaminhar.

Na vida nada é certo
Por mais que seja desmentido.
Porque nesta vida,
Nada é verdade.
Tudo é permitido.










Ass: Daniel Teixeira de Carvalho