terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Omnipresente

             Dizem que exagero no que digo, e o que digo não tem qualquer sentido, e que por vezes o que digo chega a assustar. Para ser sincero, ainda bem que assim é. Porquê? Porque a única forma de realmente ultrapassar qualquer medo, é enfrentando-o. Podem manter-se cépticos perante o que digo, mas quanto tempo mais se manterão assim? Só precisam de olhar em volta para deixarem de o ser, só precisam de olhar em volta para ver a insolência e ignorância da juventude de agora, onde predomina o desrespeito quer pelos seus iguais, quer pelos seus familiares e professores. Se isto não existisse, também não existiriam os grandes casos de agressões físicas e psicológicas de alunos para professores, que estão a aumentar, tal como os conflitos de gangs em que o desfecho é a morte, ou quase, de mais um jovem. Para além disto, temos aqueles indivíduos, jovens e até adultos, ambos com idade para ter juízo, e apesar disso, ambos abusam dos mais ingénuos e inocentes, levando-os por caminhos manchados por álcool, tabaco, drogas, e sabe-se lá mais o quê, aproveitando-se deles para seu bel-prazer. Há quem chame a isto praxe, uma forma de integração e de criar laços, eu vejo nisto uma forma de arruinar vidas, não de criar e aperfeiçoar novas. Há excepções? Há, mas cada vez menos, e para aqueles que não fazem parte delas, o melhor a fazer é meterem-se no seu cantinho e arruinarem a própria vida em vez de arruinarem as de outros, porque estes não têm culpa das más experiências que conduziram o outro a esta vida, se é que as houve.
            Vejamos o que se pode dizer mais. Que tal a Justiça? O que é feita dela? Pessoalmente, não vejo nada, e quando vejo, ou é muito pouco, ou preferia nem ver. Quantos casos de homicídios em que o homicida após o primeiro dia preso, fica em casa à espera de julgamento, que só surge, com sorte, semanas depois, chegando em alguns casos a ser ilibado. O mesmo se passa com os ladrões, e desses há muitos, desde os rasos carteiristas, aos “respeitosos” engravatados, e estes ninguém os apanha. Será que é porque não podem, ou porque não querem? Perante isto, não me admira nada que o povo comece a fazer Justiça pelas próprias mãos, e acredito que seja mais eficaz que aquilo que se tem visto.
            Para além do sistema judicial, temos também o médico e o de ensino. No primeiro, apenas quem tem dinheiro é beneficiado, quem não tem, e se se tratar de um caso de vida ou de morte, talvez seja melhor começar a preparar tudo para a cerimónia de despedida. Quanto ao sistema de ensino, temos os colégios e universidades privadas em que os alunos entram e saem com notas compradas e cunhas metidas, ou seja, os alunos (se é que podem ter esse nome) acabam por não aprender nada, e caso arranjem trabalho, as qualificações não passam de mentiras. Temos também as bolsas de estudo, ou melhor, a caça às bolsas de estudo, pois não é qualquer que se pode gabar de ter uma, e é verdade que é uma ajuda muito grande. O pior é quando quem a possui anda na Universidade a fazer turismo e aquilo que foi dito acima, e o melhor disto tudo, é que ninguém lhes tira as bolsas.
            Com isto, e tendo em conta tudo o que já foi dito, embora ainda haja muito para dizer, eu pergunto, ainda acham que está tudo bem, que manterem-se cépticos é a melhor opção, em vez de descruzarem os braços e levantarem-se para fazer alguma coisa?
























Ass: Death Master

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Segredo

Bons ou nem tanto,
Misteriosos ou não,
Com ou sem encanto,
Todos os têm mesmo sem razão.

É impossível fugir deles.
Resultam do passado na forma de fantasmas,
Atormentando os vários presentes,
E continuando no futuro como ansiosas almas.

Há quem os tenha em excesso ou careça.
Por vezes parecem parasitas pela quantidade e efeito,
Mas por vezes surge uma valiosa peça,
E quem a esconde, é o autor de um grande feito.

Contudo, há uns mais valiosos que outros,
Quer a nível pessoal ou colectivo.
Falo de um que é capaz de mover mundos,
E obedecer a ele é mais que imperativo.

Já foi provado que é verdade,
E portanto, não adianta ser céptico.
Basta tê-lo em mente e controlar a ansiedade,
O resto decorrerá como um qualquer procedimento numérico.

Basta-me acreditar para ver realizado o que mais anseio.
É no acreditar que se esconde o sonho,
E nele surge o desejo.
É no acreditar que o real deixa de ser enfadonho.

Esta é a chave para uma vida iluminar,
E para que a monotonia não mais se mantenha assim.
Basta-me no desejo acreditar,
E o Universo curvar-se-á perante mim.






Ass: Death Master

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Encapuzado

Desde o início dos tempos que se fala num estranho ser,
Um ser que de humano não tem nada,
A não ser as esqueléticas mãos, únicos membros que se podem ver,
E nelas uma enorme e temerosa foice é empunhada.

Usa um longo manto mais escuro que a escuridão,
Que o cobre por completo, rastejando atrás.
Um enorme capuz cobre os seus olhos que aterrorizarão
Outras almas para se juntarem às que ele já traz.

A foice é a sua bengala,
Pesado e lento é o seu andar,
Mas tudo muda quando tem que elevá-la,
Para a sua vítima ceifar.

Oh! Quão velho é este ser,
Quantas experiências ele viveu,
Quantos que por ele deixaram de viver,
Devido a um que não se sabe se já morreu.

Dizem que ele carrega uma lista,
E os que nela estão não têm escapatória,
E assim que o têm em vista,
Não adianta recorrer à oratória.

Ele faz o trabalho dele,
Leva e castiga quem merece,
Embora colha por vezes a errada pele,
E o inocente perece.

O mundo muda,
E ele muda igualmente.
Inocentes deixarão de surgir na sua lista imunda,
Passando a estar preenchida pelo grande grupo insolente.

Já chega de derramar sangue inocente!
Aqueles que o fazem desconhecem o preço.
Ninguém pode fugir a estes crimes imponente,
Porque ele estará sempre lá para ceifar o culpado pescoço.


O mundo encontra-se conspurcado por letais vícios.
Fora com eles para que se possa viver a perfeição!
Está mais que na hora destes insolentes ganharem os correctos juízos,
E fazer o correcto por toda a nação.

Ele sabe que os culpados, os desperdícios são muitos,
Que tem muito trabalho para fazer,
Que eles se estendem pelos países vários,
Mas é a ceifar e a fazer sofrer que ele encontra o seu eterno prazer.


































Ass: Death Master