sexta-feira, 1 de junho de 2012

Nada é verdade; tudo é permitido


Desde o início dos tempos,
O mundo tem-se deparado
Com negros e medonhos ventos,
Mas também com tempos de luminoso prado.

Nem sempre o bem veio do nada,
E chamar-lhe lutar é um insulto.
Foi difícil trepar pela calada da bonança,
E foi sempre preciso ser astuto.

Estes tempos eram vistos por dois olhares:
Um que pretendia o mundo dominar,
E outro que na escuridão mantinha os seus viveres
Para a luz poder auxiliar.

Dois olhares, dois titãs,
Um a lutar para a sua vontade instaurar
E o outro para que haja livres amanhãs,
Livres e sem desnecessário vermelho mar.

Sempre foi assim.
Sempre houve alguém disposto a por nós lutar,
E até para além do fim
Tal espírito vai continuar.

Cabe-nos a nós decidir se queremos ser egoístas,
Ou se nos queremos sacrificar por algo melhor.
Devemos ser mais que empiristas
E decerto que a escolha vai acartar dor.

Contudo, há um lado que supera,
O lado que tudo enfrenta
E sempre pronto a defrontar a besta bera
Que o egoísmo canta.

Reais ou ficcionais,
Tal não se sabe ao certo.
Mas os seus ideais são reais
E ainda hoje os temos por perto.

Devemos aprender a ser livres
E interagir em pleno com o nosso redor.
Nunca deixar que o bem expire,
E tudo enfrentar sem temor.

Não devemos temer saltar ao sabor dos ventos,
Mas sim aprender com eles.
Nunca de responsabilidades ficar isentos,
E sempre dispostos a acabar com o que é reles.

Aprender a agir no meio da multidão,
E agir sempre que a justiça falta.
Não ser um mero peão,
Mas sim a águia que se rege alta.














 Ass: Daniel Teixeira de Carvalho