Na
escuridão da minha vida
Dou
por mim a pensar,
Se
esta minha deriva
Algum
diria irá passar.
Incidentes
mais penosos
Nela
tiveram lugar,
E
os meus pensamentos ditos horrorosos
Só
puderam ainda mais agravar.
A
estranha natureza da minha mente,
Igualmente
estranhas perspectivas me permite.
Não
tem dó pela humana gente,
E
muito menos por aquele que a mantém presente.
A
saúda nefasta prega as suas partidas,
Perturbando
o que já está perturbado há muito.
A
mente desdobra-se em várias facetas,
Porque
pode ou só para atenuar tal distúrbio.
As
memórias surgem,
Fluindo
como um infinito rio
Onde
as vontades urgem
Antes
que fiquem por um fio.
Imagens
e momentos de quem amei e amo,
Outros
por mim falsamente enraizados,
Todos
com o seu sentido encanto,
Mas
temo vir a não saber quais foram vividos.
A
incerteza é assassina.
A
ansiedade é sua amante.
A
desilusão mantém viva a sina
E
a ilusão torna tudo mais interessante.
Pela
ilusão me acompanho então,
Questionando-me
se ela é ou não minha criação.
Creio
que é essa a verdadeira questão,
Essa
e saber se no fim terei alguma forma de perdão.
O
caminho é longo,
Mas
pelos vistos bem iluminado.
Por
algo melhor rogo,
E
talvez menos conturbado.
Na
esperança, por fim sorrio.
Olhando
para cima, vejo que são realmente belas.
Olhando
para a frente, prossigo,
Aguardando
por um futuro nas estrelas.