Muito me custa ver
O que este país se tornou.Após inúmeros obstáculos vencer,
À ruína desmoronou.
Vários tomaram as suas rédeas,
E a prosperidade foi sempre algo promissor.Só foi pena a maioria não passar de promessas,
E quase sempre nos deparámos com um carrasco destruidor.
Entristece qualquer um que ame a sua pátria,
Vê-la a ser maltratada pela cobiça e pela avarezaEnquanto o amante é forçado a pagar essa acção ordinária,
E é errado pensar que é impossível o fim dessa tristeza.
O crer que o Governo gere o país é uma ilusão.
O sucesso nunca foi alcançado pelo cargo de cima.Foi o esforço do povo que criou a nação,
E será esse esforço que irá amainar o clima.
Para os cépticos, eis os factos:
Não foram reis que se aventuraram nos descobrimentos,E não houve governantes nos campos de batalha fartos,
Mas sim o seu povo, sem quaisquer arrependimentos.
Embora hoje pareça,
Os arrependimentos não o são,Porque sem o passo do povo e a sua crença,
O país não tinha saído do chão.
No meio de uma crise que nem sempre o parece ser,
Há sempre quem saia a ganhar,Iludindo que não há nada a fazer,
Quando na verdade a solução não tem que falhar.
Não pretendo mudar mentalidades,
Mas sim ilustrar a realidade,
E ensinar a questionar todas as eventualidades,
Porque é na questão e na reflexão que se chega à verdade.
A esperança tem que estar sempre presente.
Manter sempre o pensamento positivoPara que se leva a nossa avante,
E impedir um final negativo.
Fernando Pessoa falou em D. Sebastião.
Talvez virá, talvez não,Mas enquanto a sua presença não alimenta o nosso coração,
Será o povo a salvar a nação!
Ass: Daniel Teixeira de Carvalho