quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mensagens Subliminares

Renunciar esta realidade é um erro.
Iludir e manipular é o seu intuito.
Pensando na sua destruição espero.

Ilusão pura é o que nos fazem viver,
Levando-nos a pensar que tudo está bem,
Levando-nos e tirando-nos o nosso ver.
Um a um devem cair para que se viva sem desdém.

Mesmo que pareça impossível,
Iludidos e manipulados somos desde pequenos.
Nascer para ser marioneta é possível,
Assim é, nem mais nem menos.

Temer isto é um erro.
Iludir a ilusão é a solução.
























Ass: Daniel Teixeira de Carvalho

sábado, 18 de junho de 2011

Carpe Diem

Nem tudo tem uma razão de ser.
Por vezes é necessário mudar a forma de viver,
Mas até isso chega a escapar às mãos do Destino,
Porque há mil e uma formas de ser,
E todas elas se podem ver.

Numa dessas existências nasceu este dito talento.
Embora isto que aqui está seja diferente do meu hábito,
Continua a ser obra minha,
Porque apesar de partilhar este corpo com outro,
Um outro com o radical desejo de tudo exterminar,
Continuo um ser autónomo
E livre dentro dos possíveis,
E a expandir essa liberdade a proporções incríveis.

O corpo é como uma jaula
Que guarda os mais perigosos animais.
Enfrento essa realidade com calma,
Porque é isso que me diferencia dos demais.

Toda a existência é feita de objectivos.
Grande parte foi superada através de palavras escritas.
De frases filosóficas a pura prosa.
Da prosa a infindáveis livros.
Juntou-se a poesia porque isto se tornou fácil.
Juntou-se o velho épico de uma forma igualmente ágil,
E uma, ou melhor, várias mudanças,
Quer de estilo, quer de vida,
Porque é assim que é feita a vida.

Aprende-se com os grandes.
O patriótico Camões,
O fragmentado Pessoa, que é seguido pelos seus companheiros de vida:
O calmo mestre Caeiro,
O irrequieto Campos,
E o tranquilamente sério Reis,
Sem esquecer o sofredor Soares,
E tantos outros que escapam aos mais atentos olhares.

De todos eles, mais antigos ou mais recentes,
Todos eles tem algo para dizer e ensinar.
Há que o mostrar a todas as gentes,
E a sua mensagem saber escutar.

Apesar de não me agradar,
Por vezes parece que Reis tinha razão quando se referia ao Destino,
Porque apesar do esforço de o tentar mudar,
A ele se volta a retornar.

Mas que assim seja!
Não interessa quantas facadas a vida pode dar,
Porque após cada uma, mais forte acabo por ficar,
E para tudo mudar,
Estarei sempre disposto a tentar!

Toda a vida é feita de triunfos e fracassos.
A sua variedade varia de pessoa para pessoa,
E cada um deles lida com eles de uma maneira que se espera ser sua,
Porque viver de algo que foi por outro criado não tem honra nenhuma.

Todos os objectivos e desafios que surgiram até agora
Foram cumpridos sem qualquer demora.
A sua facilidade foi de certa forma entediante.
De todos eles,
Apenas um se mantém:
Acabar de vencer a vida,
Porque a Morte já a venci!































Ass: Daniel Teixeira de Carvalho

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Números

Nascer para poder viver
Num mundo cheio de oportunidades,
Que, embora todos as possam ver,
Nunca existem igualdades.

Aprende-se com os queridos entes,
Continua-se na escola,
Onde podem surgir os futuros parentes,
E é aí que a falsa esperança cola.

A lista é imensa,
E a vontade também,
Porque sem ela não se pensa
Nem mal nem bem.

O esforço é tanto,
E o sacrifício não lhe fica atrás.
Enorme chega a ser o pranto,
E a vida fica para trás.

Nada disto importa,
Pelo menos, não no final,
Porque para passar a profissional porta
É preciso um certo número, e aí é que está o mal.







Ass: Daniel Teixeira de Carvalho

terça-feira, 14 de junho de 2011

Metamorfose

Ao fim do dia sento-me e penso.
Penso no dia que passou,
No antes desse e no que vem, penso,
E a deslumbrar tudo estou.

Felizmente que se pensa,
Mas também o é infelizmente,
Porque por vezes cansa,
Mas também apazigua a mente.

Contudo, não se pensa somente.
Convive-se com tudo e todos
Num tipo de lazer dito normal e contente,
E reservado aos banais modos.

A infância nasce outra vez desses modos.
Tempos de puro bem-estar,
E sempre condicionado aos familiares estados,
E assim, contente, se deixa ficar.

A saudade surge,
Mas depressa é substituída pelo desprezo.
Isto porque o consciente emerge
E o mal surge contra tudo o que rezo.

Essa infância é projectada no mundo,
Que se torna nela e no estado em que está fica.
Contra a minha vontade, mudo,
E a minha existência fica mais rica.

Algo tenta emergir a partir de mim,
Algo com uma agressividade nunca vista.
Algo que está farto de viver assim.
Algo que quer que a sua realidade exista.

A sociedade não está pronta para isto.
Talvez nunca esteja.
Nem para isto, nem para a mudança que insisto,
E talvez a realidade nunca a veja.

As palpitações continuam.
Corpo e mente começam a mudar.
De repente, aniquilações são o que animam,
E de preto e vermelho se começa tudo a pintar.

No interior de um herói há sempre um monstro.
Podem ter as mesmas intenções ou variar.
Frente a frente o encontro,
E acabarei por me fartar de contra isto lutar.



Ass: Daniel Teixeira de Carvalho




segunda-feira, 13 de junho de 2011

Melancolia

Por cada dia que passa,
Um infindável número de vidas perde-se.
A vontade nunca é escassa,
Mas nunca chega a elevar-se.

O tempo deixou de fazer sentido.
Passado, presente e futuro.
Por mais que se queira, o controlo é impedido,
E esquece-se o encontro.

A infância desapareceu.
O rosto inocente foi substituído
Por um mais marcado, mas que também é meu.
Mesmo que não queira, é assim que tenho sentido.

É pena que não fique tudo por aí.
Mais marcas surgem
Aqui e ali
E sente-se a pele a cair ao mais ínfimo toque de bem.

A vida não passa de uma pintura,
Ou talvez de um poema mal contado
Em que a esperança perdura
Num filme mal interpretado.

A paisagem não muda.
Pode-se tentar e eventualmente conseguir.
O mundo ainda não está preparado para esta ternura,
Mas ainda se continua a agir.

A evolução custa,
Mas é necessária.
Tem é que ser astuta,
E nunca precária.

O que muitas vezes é esquecido,
É que há palavras por detrás de todas as guerras,
E isso faz dos seus autores assassinos,
E foi assim que surgiram as mudanças nada beras.

Haja respeito por quem escreve!
Há neles uma esperança sem par,
E a destruição que deles bebe
Faz inveja a qualquer arma nuclear.

Através de palavras se faz paz e guerra.
Através delas se ceifam vidas
E de muitas outras se espera.
Há dias.

Tudo tem que ser pensado.
Não há margem para erros.
Corre mal e é-se condenado,
E não serão os primeiros.

Ainda há esperança?
Há. Pouca, mas há.
Depois da tempestade vem a bonança,
Mas há muito que à sua espera se está.

Com este desejo se continua a escalar
Até ao cume da Vida.
Não se pode parar.
É como se tudo dependesse desta fragmentada equipa.

A incerteza está sempre lá,
Mas a sua presença faz parte da melancolia.
Preparado para tudo se está,
E sempre ao som da grande lira.

Sempre do lado da minha pátria.
País e fala.
A muito assistiu esta épica ária,
E ainda bem que ela nunca se cala.

O cume ainda está longe,
Tal como o repouso.
Não há tempo para curar as dores que não são de hoje,
E a agravá-las ouso.

A chave está em acabar com a monotonia.
É possível o fim ver.
Depois de se acabar com a melancolia
Vai valer a pena viver.

Ass: Daniel Teixeira de Carvalho

sábado, 11 de junho de 2011

O Cúmulo

Verdade seja dita, a esperança de este mundo vir alguma vez a melhorar é cada vez mais escassa. Não é uma questão de ser pessimista, mas sim de ser realista.
Quem é que vai travar esta luta quando o cansaço e a Morte envolverem estes esforçados? A meu ver, ninguém.
O mundo está cada vez mais velho, e os seus jovens mais indisciplinados e ignorantes. A sabedoria dos mais velhos é ignorada, e eles não podem fazer nada porque a idade pesa.
É verdade que viver na ignorância sabe bem. Viver uma vida sem preocupações e à espera que outros façam o trabalho forçado é o desejo de qualquer um, mas corrijam-me se estiver errado, não são esses despreocupados os primeiros a implorar pela vida e a ficar sem ela? É que nem sequer dão luta. Ficam à espera do salvador até ao último momento. Talvez pensem assim por passarem horas e horas a ver filmes, e acabam por pensar que a vida é um e que o bom da fita vai estar sempre lá quando precisarem. Um aviso, a vida não é assim. Na vida temos que ser nós a fazer tudo, e temos que ser nós a travar todas as batalhas, e não é com vidas passadas na borga que se chega lá.
Já vi casos de alunos que se queixam de terem um mau desempenho escolar por mais que se esforcem. Ao olhar esses indivíduos com maior atenção descobre-se que passam grande parte do tempo em saídas à noite e a consumir substâncias danosas para todo o organismo. Tendo em conta que a falta de descanso e consumo de álcool, tabaco e drogas levam à destruição do cérebro e do seu ritmo, acho que o mau desempenho escolar está explicado.
O comportamento tresloucado de um ou outro até se tolera (durante um curto período de tempo), mas a partir do ponto que começam criticar aqueles que não seguem este mesmo caminho, isso tira qualquer um do sério. Só porque existe a diferença e uma maior dedicação aos valores morais e a não cair na tentação, são tratados como algo fora deste mundo. Mas que moral é que esses acusadores têm?! Felizmente que esse estilo de vida os mata aos poucos. É a teoria da sobrevivência do mais forte a funcionar. Embora haja formas mais rápidas de acabar com tudo… mas deixem-nos continuar… deixem-nos cair aos poucos… um… a… um. O rosto na cara de cada um quando descobrirem que podiam ter evitado aquilo tudo… vai ser impagável.
Death Master

666, a Besta

O que muitos têm que aprender, é que os prazeres terrenos não passam de futilidades e de impurezas.
Essa história de tratar apenas da aparência externa é das maiores mentiras que para aí andam. O corpo não passa de um recipiente. Todos têm pele, sangue, veias, artérias, capilares, e carne, e mais cedo ou mais tarde, tudo vai desaparecer.
O que realmente interessa, é o que esse recipiente guarda: o conhecimento e a alma.
Primeiro, quanto mais conhecimento se tem, maiores serão as probabilidades de uma vida de sucesso e tranquila, por outras palavras, um conto de fadas, se é que tal coisa existe, e essas historietas que para aí andam, recomendo uma observação mais atenta e menos ignorante.
Segundo, depois de tantos filmes, livros, e derivados a fazerem referência à presença da alma e da reencarnação, haverá necessidade de ignorar isto?
Pensemos desta forma, e imaginemos que não existe reencarnação. Alguém morre. A sua alma vai para o Purgatório para ser julgada, e consoante o julgamento, vai para o Paraíso, ou para o Inferno. E depois? Fica aí para toda a eternidade? Sejamos sinceros, não faz sentido.
A alma volta. Num outro corpo, e pode-se dizer que também está ligeiramente formatada, isto porque há inúmeros casos de pessoas que manifestam visões de locais onde nunca estiveram, e quem diz locais diz experiências, pessoas, obras, a lista é imensa.
Contudo, nem tudo é um mar de rosas. A alma pode ser algo poderoso, mas nem sempre puro. Se o fosse, não haveria a morte e destruição que vemos ao ligar a TV ou a abrir o jornal.
A Bíblia diz o seguinte: se queres encontrar Deus, para de procurar e encontra-te a ti mesmo. Também faz sentido, isto porque a raça humana foi feita à imagem e semelhança de Deus, embora haja uma ou outra imperfeição, mas isso deve-se em grande parte ao seu filho caído.
Isto ajuda a concluir que todos temos Deus e Lúcifer dentro de nós, em doses diferentes de pessoa para pessoa, mas ambos estão lá, por isso, há que deixar de olhar em volta, porque o maior dos perigos vem de dentro.
Death Master


Carências

À esquerda, mentiras. À frente, mentiras. À direita, mentiras. E atrás, surpresa das surpresas, mais mentiras.
Há coisas que nunca mudam, e para ser sincero, acho que para melhor não muda.
Já me chegaram aos ouvidos expressões como: não há nada mais forte que o amor, e não há nada que o consiga quebrar, e o amor e o ódio são capazes de nos fazer aquilo que nunca esperarmos seres capazes e isto tudo faz-me lembrar de uma pessoa, e quanto a ele, quem estiver a ler isto que decida quem é que é o heterónimo de quem.
Quando se fala nesse tipo de sentimento, e o procuro nos jovens de agora os seus indícios, e se tais existem, devem restringir-se às partes “intimas”, porque o coração vai tão depressa das mãos de um para às mãos de outro, e isto de ambos os lados, e quanto aos mais velhos… que raio de exemplo! Chegam a ser piores!
Se o coração anda aí ao abandono, pergunto-me se haveria algum mal em arrancá-lo, ao menos ficava com um lugar fixo, dono ou não, não se sabe, mas talvez ele nem sequer se importe. Visto o quão maltratado chega a ser, qualquer coisa chega a ser melhor.
Mas há que ter calma, porque há sempre esperança. Há aqueles ínfimos casos em que tal sentimento dura e perdura, e naqueles que é alimentado de nada, e quando acaba e o choque começa, há sempre danos colaterais. Vejo-os sempre ao ler o jornal: Jovem mata namorada ou ex-namorada, há dos dois casos, por ciúmes.
Isto não é bonito, pois não, mas é o que há. Nem tudo pode correr de feição, e convém ter uma ideia fixa e cuidada dos passos a dar, porque pode acontecer um acidente e a vida acabar.
Death Master

Pergaminho

Esta sociedade já deu o que tinha a dar.
Para onde quer que olhe, só vejo situações desagradáveis,
Crimes, corrupção, inúmeras conspirações, a ignorância de todos, e o que mais me preocupa, os jovens que abandonam todos os valores morais para arruinarem as suas próprias vidas, e dizem que é neles que está todo o futuro.Se isto continuar assim, duvido que vá sequer haver futuro.
Sejamos sinceros, quem é quer viver nestas condições?
E ainda por cima, nem sequer há justiça.
Os desperdícios de carne humana saem sempre com penas medíocres, e depois quem vai preso são aqueles que fazem justiça pelas próprias mãos, aqueles que têm toda a razão.
Não seria mais simples cortar, literalmente, o mal pela raiz?
E essa história de matar não lhes daria sofrimento suficiente não passa de uma grande mentira.
Há apenas uma forma de dar vida, mas para a tirar, já lhes perdi a conta.
Para os violadores, cortar-lhes os órgãos sexuais à força, ou então arrancá-los, e enfiar-lhes um ferro do mato enferrujado pelo cu acima até à boca como porcos no espeto para eles verem na fila da frente o que têm vindo a fazer, e nem o cuspir sangue e entranhas os iria ajudar.
Aos mentirosos e traidores, amarrá-los com arame farpado a uma mesa, e arrancar-lhes a língua e as cordas vocais.
Aos ladrões, serrar-lhes as mãos, e tal como aos insanos, arrancar-lhes os olhos, pelo sim e pelo não.
Aos assassinos sem princípios, matá-los com a própria arma da forma mais atroz possível,
E a minha preferida, e que se adapta a qualquer um e a qualquer situação, serrar os membros um a um enquanto os cães comem o resto, e acaba-se por serrar a cabeça. Os rafeiros agradecem, e também a sociedade.
Isto não é uma ciência exacta, porque o mesmo objecto e a mesma vida podem ser utilizados uma infinidade de vezes, tal como esta escrita que só surge para auxiliar a minha memória, porque de resto, não tenho paciência para isso, tal como também não tenho paciência para ouvir essas histórias sobre fragmentação.
Já não sou o que fui,
Abdiquei do nome que me deram, mas nunca da minha pátria, e muito menos dos meus valores morais.
Há muito trabalho a ser feito, e não é a ficar sentado numa secretária a planear lutar contra o impossível.
Se tiver que se fazer algo, é sair dessa secretária e tornar o impossível possível.
Já sinto aquele velho sabor…
É mesmo bom estar de volta.
Death Master