Quando
a tristeza chega
Questionamos
o porquê da sua vinda.
Procuramos
enxergar
O
porquê desta nova vida
Que
corroi a nossa
De
forma nada misericordiosa.
Tudo
se deve ao querer algo,
Ao
querer algo que já se teve
E
que agora não pode ser recuperado
Por
causa da distância entre
O
presente e o passado.
Viveu-se,
passou a ser memória,
E
a memória tornou-se saudade,
Saudade
essa que se manifesta
Quando
surge a inocente oportunidade
De
reviver aquela vida perdida.
As
imagens surgem
E
podem ser sentidas de mil e uma formas,
Enganando-nos
porque reais não são,
Apenas
as idas horas
De
felizes tempos que já lá vão.
Não
adianta expressar esta dor,
Seja
através de músicas ou de meras palavras,
Uma
vez que ela existirá sempre
Acompanhando
estas passadas
Ignorando
o esforço
Dela
me livrar,
Algo
que parece dar-lhe motivos para celebrar.
Enquanto
o sangue se junta ao chão duro
Aguardo
a minha hora
Aqui,
Sozinho
no escuro.
Ass:
Daniel Teixeira de Carvalho