quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Auto de não fé


Por mais que se viva na lógica,
Há sempre algo que não se pode explicar,
Pelo menos não por uma coerência patológica,
Mas sim por algo que não se pode igualar.

Quando a ciência falha,
O sobrenatural actua
Sempre sem qualquer gralha
E com uma filosofia só sua.

Por mais indiferente que se seja,
A sua realidade tem que se lhe diga,
Por ser na igreja
Que se encontra razão para a vida.

Contudo, e apesar de transbordarem fé
Estas rudimentares palavras,
É triste ver cada vez mais vazia a Santa Sé,
E as gentes que faltam, desencontradas.

Mais revoltoso é ver vira-casacas
Que se dizem de fé ser,
E quando batem pela fé às suas portas,
De outros hábitos preferem viver.

Por mais que custe a crer,
É de casa que vêm estas falhas
Que a muitos custa ver,
Isto porque as santas portas estão sempre abertas.











Ass: Daniel Teixeira de Carvalho

Sem comentários:

Enviar um comentário