segunda-feira, 1 de maio de 2017

Indiferente

O que é o amor para quem não sente?
O que é Deus para um não crente?
O que é poder para quem não o tem?
O que é a realidade para quem ela vive sem?

Perante tamanha simplicidade,
Perante desnecessária complexidade,
A vontade de continuar
Surge com bastante pesar.

Para quê?
Perguntam os verdadeiros sábios.
Porque sim.
Respondem os insolentes lábios.

Vontade para algo mais surge,
Algo que sedento urge,
Que a sociedade moral atenta
E que muitos apoquenta.

O desconforto é demasiado,
Mesmo com tudo preparado.
Perante a bênção insolente,
Tomara apenas ficar indiferente.


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