Era um dia como outro
qualquer quando ela recebeu aquela carta. Um envelope simples, tal como o papel
onde uma calma caligrafia lhe dizia o seguinte:
Não há um dia que
passe em que eu não sinta a tua falta. Os meus dias são inundados pelos
momentos que passámos e resta-me somente esperar que muitos mais nos esperem.
Irei regressar em breve, e espero encontrar-te no mesmo lugar de sempre.
Para
sempre teu,
Tu
sabes quem.
E realmente ela sabia quem era. Sabia quem e o que
sentia. E sabia também que há muito que não falavam. O monótono dia subitamente
ganhou cor e o seu brilho estava claramente presente nela. Sem hesitar,
dirigiu-se ao sítio em questão. Partilharam vários momentos em vários lugares,
sim, mas havia só um que era verdadeiramente especial. Lá chegou, e nada viu.
Ele não estava em lado algum, e ela então esperou. O brilho tremeu, mas a
esperança levou-a a visitar aquele mesmo lugar diariamente. Infelizmente, o
resultado não parecia mudar.
O tempo foi passando, tal como se é esperado, e a sua
vontade continuava inamovível. Contudo, não duraria para sempre. Com ela
partiu, e neste momento de plena tristeza envolto na ideia de que nunca o
voltaria a ver no seu lugar especial, ele se revelou diante dela, e lhe disse
que o lugar era ela.
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