Todos devemos assumir
responsabilidades pelos nossos pecados. Eu própria tenho procurado fazê-lo, e
por mais que me esforce, não consigo ver um fim.
Desde que me lembro que sempre quis satisfazer o desejo
de ser mãe, mas hoje arrependo-me amargamente da ingenuidade com que encarava
tamanha ideia.
Somos treinados a pensar que é no nascimento que
encaramos o nosso derradeiro propósito. Que devemos preservar a nossa espécie,
seja como for… mas nunca estamos preparados para lidar com as consequências.
Isso não nos dizem.
Temos que lidar com o choque, com a frustração, com a
dureza da realidade de que demos vida a uma aberração, a um ser para o qual a
vida é uma bênção sem mérito.
Eu assim fiz, e oxalá não tivesse. O mundo parou diante
de mim assim que o tive nos braços, mostrando-me na sua forma aquilo que faria
com o seu futuro e com o nosso.
Não vejo ninguém melhor para o tirar deste mundo do que
aquela que é culpada por lhe dar vida.
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