sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Acordo Ortográfico

             É certo e sabido que o país em que vivemos vai de mal a pior enquanto o tempo passa. É certo e sabido que apesar das promessas dos nossos caros governantes, os preços sobem, o povo é despedido, e os bolsos ficam vazios. Perante estas promessas e medidas políticas que em nada dão a não ser na desilusão e revolta do povo (e com razão), e como se não bastasse arruinarem o país dos dias de hoje, pretendem agora arruinar o que levou séculos a formar-se.
            Querem que todos escrevam segundo as leis do dito Acordo Ortográfico. Abolir consoantes mudas, acertar a pontuação e sabe-se lá mais o quê. Estas mudanças não fazem qualquer sentido. Sejamos sinceros, o português de Portugal está muito bem como está e não precisa de ser mudado.
            O que muitos não sabem, é que o português de hoje demorou séculos a formar-se, começando por divergir-se do latim, e modificando-se consoante a localidade. Muitos foram os artistas, aliás, os grandes artistas que ajudaram nesta mudança e que tornaram Portugal conhecido fora das paredes deste pequeno rectângulo à beira mar plantado. Refiro-me a Luís de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Cesário Verde, José Saramago, entre muitos outros. Estes artistas dedicaram grande parte da sua vida à sua língua mãe, e este Acordo acabaria por fazer com que esse esforço fosse em vão. Aceitar este acordo seria o mesmo que cuspir na cara destes grandes artistas.
            Querem que sejam os professores e alunos a dar o primeiro passo, mas pelo que se pode ver, essa mudança vai surgir com muita dificuldade.











Ass: Death Master

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