Sempre
presente
Sempre
atento
Assim
fui eu
Sem
qualquer desalento.
Sempre
a ajudar
Sem
alguma vez pensar em parar
Porque
auxiliar
Sempre
foi o meu intento.
Ouvindo
notícias boas e más
Esperando
que a vida não volte atrás
Pensava
eu,
Inocente
como os demais.
Umas
vezes culpado
Talvez
até em excesso
Mas
ao descobrir que tal foi engano
Vontade
surgiu para reparar esse dano.
Puro
ódio negro,
Reluzente
raiva ardente
E
tímida esperança reluzente
Juntaram-se
para assombrar a minha mente.
Não
há espaço para gratidão
Quando
a obscura imensidão
Congelou
qualquer necessidade de emoção,
Criando
uma provável aberração.
Dor,
minha amiga,
Sempre
fiel e presente,
Professora
da vida
E
mais sábia que a mortal gente.
Aprendendo
diariamente
Fragmentando
uma já perturbada mente
Para
evitar uma saúde demente
Assim
se viveu e, quiçá, se continuará para todo o sempre.
Nunca
um mártir
Nem
esperando atenção.
Apenas
mais um
Tentando
dar exemplos à multidão.
Quando
a vida se volta contra ti
Quando
tu fazes por isso,
Há
uma lição a tirar
Que
não um continuado improviso.
Continua
assim
Caminhando
para o precipício.
A
vida é curta,
E
talvez seja tarde quando te aperceberes disso.
Sentem
dor e queixam-se.
Não
conseguem compreender
Que
ela faz parte do viver
E
que só quer ajudar o próprio ser.
Tentei
e falhei
Quando
tentei ensinar
Que
a frieza e a preocupação decente
Seria
algo a tomar.
Tal
não me preocupou
Por
haver sempre algo mais importante.
O
mundo mudou
E
custa-me dizer que se tornou mais ignorante.
Contudo,
Continuo
na mesma.
Não
adianta sentir pesar
Por
algo que não se quer preocupar.
Em
dor me encontro e os vejo,
Preocupando-se
com o mais puro nada
E
vivendo vidas de puro desleixo
Como
se tal fosse o propósito da vida.
Olho
para ela e sorrio.
Afinal
de contas, eles são como eu,
Apenas
não sabem usar a dor
Na
vida que se lhes deu.
Ass:
Daniel Teixeira de Carvalho
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